7 de agosto de 2013

Grécia, o paraíso

Quando eu estava voltando das minhas férias anteriores, as de Amsterdam, em fevereiro/março, aconteceram alguns imprevistos com o voo de volta. No momento do embarque, fui avisada que meu voo estava com overbooking e que dez pessoas aleatórias seriam chamadas para um outro voo e que seria dada prioridade para voos intercontinentais e destinos sem problemas de neve na pista do aeroporto. Como eu estava indo para São Paulo, fiquei tranquila que voaria. Resultado: fui delicadamente convidada a me retirar!

Depois de muita discussão entre estas dez pessoas, a cia aérea e a polícia (sim, deu até polícia) do aeroporto transferiram meu voo para um outro, 17 horas depois do programado, saindo de uma outra cidade. O problema foi que, além de terem me transferido para um voo muito tempo depois, eles não deram assistência nenhuma. Tive que me virar sozinha, sem 1 euro pago por eles.

Chegando no Brasil fui contactar a cia aérea e então, depois de alguns meses, fizemos um acordo e eles me deram uma passagem de ida e volta para qualquer destino europeu, a ser usado até o final do ano.

A escolhida: GRÉCIA!
O período: Verão!


A vista do hostel


Já conheci lugares lindos nas minhas viagens, mas juro que a Grécia superou todas as minhas expectativas! É um lugar lindo, fascinante, do tipo que eu ficava olhando para tudo aquilo me perguntando como podia existir um lugar tão tão perfeito como aquele na natureza! Pensava sobre as pessoas...como algumas delas podem depositar seu dinheiro em tantas outras coisas e esquecer de guardar um pouco de dinheiro e tempo para conhecer lugares como este. É quase um desperdício passar por esta vida sem conhecer lugares lindos assim quando se tem a oportunidade.

Bom, já entenderam o quanto me apaixonei por esta experiência, não é?!rs

Vamos aos detalhes. Para começar, escolhi a Grécia porque sempre soube que era um lugar paradisíaco e confesso que não fui para lá com o intuito de conhecer museus, partes históricas ou as ruínas. Para falar a verdade, no fim das contas vi que os vilarejos por onde passamos valeram muito mais pelo aprendizado do que qualquer museu fechado!

Bom, ficamos em um hostel gracinha, com uma vista para a praia pra lá de linda e com um pessoal muito agradável. Não foi o melhor hostel da vida, mas valeu pela hospitalidade, pela vista, pela comida e pelo preço.

Uma dica para conhecer as ilhas: alugue uma scooter. Lá as praias são longe umas das outras e não dá para depender de transporte público, até porque o transporte público não chega nos melhores lugares ;-) e claro, o verão, vá no verão se o seu propósito for como o meu. Fui em agosto e não consigo imaginar como deve ser triste ir num lugar como a Grécia e ter que ficar só na vontade de entrar na água por conta do frio.

Outra dica legal é alugar pedalinhos. Dá para ir com eles em alguns lugares mais reservados, quase vazios, que não se chega a pé e nem de scooter.

(Clique nas fotos para ampliar e entender do que estou falando)
Este é o formato clássico das igrejas de lá, espalhadas por toda parte






Outra coisa que também é inesquecível na viagem é a comida. A culinária grega é simplesmente deliciosa - o pão, a carne, a salada, o queijo, etc. Me apaixonei perdidamente pelo tempero deles, principalmente por uma salsa com iogurte grego, pepino e azeite, o Tzaziki, que é algo dos deuses mesmo. Eu comia todo santo dia, como entrada no almoço e no jantar...isso é que é amor!

O melhor restaurante grego

O melhor almoço!

Outro detalhe bacana é sobre a comunicação, o idioma. Fomos em vilarejos minúsculos e, de alguma forma, o inglês é o suficiente para se localizar e andar tranquilo. Ah, e o mais legal (e importante) é que a Grécia é bem barata se comparada com outros destinos europeus. A nossa viagem saiu super em conta.
Por exemplo, um menu com entrada, prato principal e bebidas saiu por mais ou menos 8 euros, que é muito digno se considerarmos que era alta estação. Para termos um exemplo, neste mesmo verão entrei na Europa pela Itália e uma refeição que fiz com este mesmo estilo de menu (turístico) saiu por 15 euros. 

Te amo Grécia! :-*
αγαπώ


7 de março de 2013

Realizando um sonho: Amsterdam!

O meu intercâmbio acabou, as épocas de viagens mais constantes também. Me formei, comecei a trabalhar e cá estou eu nas minhas férias de trabalho :-)

A vontade de ir pra Amsterdam é antiiiiiiga, dos tempos de Erasmus, mas acontece que quando eu morava na Espanha sempre via as promoções, sempre convidava alguém para ir, mas acabava me enfiando em uma outra viagem e assim o Erasmus terminou e eu voltei para Brasil sem conhecer a cidade. A primeira oportunidade que tive depois do intercâmbio foi nas minhas primeiras férias de trabalho, and so, here I go!


Amsterdam é assim, sensacional. Fui em fevereiro, bem no inverno mesmo. Por sorte, quase todos os dias fez um pouco de sol, que amenizava bastante a sensação, mas durante a noite estava sempre mais frio ainda. Ficamos em um hostel super bem localizado, no Red Light District, e fizemos todos os passeios a pé. 

Em resumo, a cidade me surpreendeu muito. Eu adorei conhecer os bairros, explorar as ruelas pelos canais, me perder - mas o que mais me chamou a atenção foi tamanha liberdade, coffee shops, sexy shops, prostitutas, tudo assim, como se fosse a coisa mais normal do mundo. E lá é. Na verdade em todos os lugares do mundo é normal, mas lá é mais explícito.  

Esta liberdade toda é super bacana, diferencia Amsterdam dos outros locais, mas confesso que fiquei meio chocada com as vitrines do Red Light, sem hipocrisia.

Bom, desconsiderando o choque com estes detalhes, várias outras particularidades me marcaram em Amsterdam. A incrível relação dos holandeses com a bicicleta é uma delas! Todo mundo lá se locomove com elas e tem de todas as formas possíveis, desde as mais simples até as mais customizadas. Aliás, uma das coisas que mais gosto na Europa em geral é isso. Lá é super normal ir para qualquer lugar de bicicleta ou a pé, até mesmo para uma festa. Acho isso super bacana sabe, é barato, rápido, limpo e não ocupa espaço! 




E os gatos?! Porque tantos gatos em todos os estabelecimentos da cidade?
O Josh, um amigo meu holandês, fez um tour com a gente pela cidade e explicou que por conta dos canais, as pragas de Amsterdam são a água e os ratos, então os gatos estão lá justamente para evitar os ratos, ou seja, se ver um restaurante com gato, melhor entrar que lá você estará "livre" de alguma surpresa! Bom saber...

As casas inclinadas, outra coisa que deixa qualquer um boquiaberto. Praticamente todas as construções no centro da cidade são levemente inclinadas para frente. As casas são todas coladas umas nas outras, as escadas dentro delas são super estreitas, então construíram tudo meio inclinado para poderem subir móveis maiores por fora, pegando pela janela. Louco né! :)



Nosso almoço. Um salgadinho de carne e um prato típico de batatas e linguiça

As flores por Amsterdam também são um detalhe impossível de não reparar. Elas estão por todos os lados, nas casas, janelas, restaurantes. Fica tudo um charme! Adorava passear pelas ruas e dar aquela observada no interior das casas, todas bem aquecidas, aconchegantemente iluminadas, com chás, flores, etc. 

Quanto aos passeios, infelizmente não conseguimos ir no Museu do Van Gogh. Estava fechado para reforma bem na época que fomos. Fiquei super chateada, sempre tive um Q com o Van Gogh. Fomos na Casa de Anne Frank e realmente é uma coisa assustadora. Passamos uma manhã lá e foi bem triste ver a história dela de perto, a casa toda fechada, quase claustrofóbico onde passou tanto tempo. Realmente sai de lá meio pra baixo. 

Para piorar um pouco, depois fomos em uma praça que é inclinada. A explicação? A praça era o local de torturas e então a praça era inclinada para que o sangue escorresse direto para um local certo, ao invés de ficar tudo ensopado ali mesmo. Ao lado da praça tem a rua dos judeus, uma rua que passaria despercebido se não fosse pela arquitetura. Durante a perseguição aos judeus, a região onde eles moravam foi totalmente destruída e então, após um tempo, foi reconstruída, mas de um modo mais moderno, então hoje em dia super contrasta com a arquitetura geral de Amsterdam. 
Amsterdam é cheia destas histórias de perseguições aos judeus, guerras e disputas. Uma cidade linda, uma arquitetura diferenciada, com histórias por trás de tudo.

Bom, um outro detalhe que eu não sabia - e acho que muita gente não sabe também - é que a Holanda na verdade é uma província dos Países Baixos (Netherlands), este sim o país, e Amsterdam é a capital de Netherlands! Talvez todos nós aprendemos isso, mas é tão incomum usar a forma correta, que acabamos esquecendo. 

Mas enfim, a Holanda foi a província de Netherlands com melhor economia, a que levou o país para frente e onde a monarquia estava e está instalada até hoje, por isso a incorreta generalização. Existe a província da Holanda do Sul e a província da Holanda do Norte, que são duas do total de 12 províncias que formam os Países Baixos. Tudo que é referente aos Países Baixos se generaliza como sendo holandês, assim como a língua...loucura total!